O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ), candidato à prefeitura de Niterói, utilizou recursos da cota parlamentar para reembolsar viagens de Uber até uma “casa de entretenimento adulto” em São Paulo, conforme revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo. Em março de 2019, Jordy solicitou o reembolso de R$ 26,89 por uma corrida até a Scandallo, um famoso estabelecimento localizado na Rua Cel. Diogo, conhecido por eventos e festas exclusivas. Dois dias depois, o deputado requisitou outro reembolso de corrida para o mesmo endereço, além de uma terceira corrida registrada na Rua Augusta, região famosa por sua vida noturna.
Em sua defesa, Carlos Jordy alegou que um assessor de seu gabinete, cuja identidade não foi confirmada, teria realizado as solicitações em seu nome. Ele afirmou que o incidente ocorreu no início de seu mandato e que grande parte da equipe que trabalhava com ele já não está mais no gabinete. O parlamentar também destacou que, com um salário de R$ 40 mil como deputado e motorista à disposição, não faria sentido pedir reembolso por valores tão baixos, prometendo devolver o montante aos cofres públicos após investigação interna.
Jordy, que disputará o segundo turno das eleições para a prefeitura de Niterói contra o atual prefeito Rodrigo Neves (PDT), também é alvo de investigações relacionadas aos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Em janeiro deste ano, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em seu gabinete, como parte da Operação Lesa Pátria, a mando do ministro Alexandre de Moraes. O deputado classificou a ação como “perseguição” política.