Foto: Reprodução

Ministros comparecem a RMVale e pedem proteção policial para assentados em Tremembé após massacre

Neste domingo, 12, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, esteve no velório de dois trabalhadores rurais assassinados no assentamento Olga Benário, em Tremembé, e anunciou que solicitará ao governo de São Paulo medidas de proteção para os demais assentados. O ataque, ocorrido na noite de sexta-feira, 10, resultou em duas mortes e deixou seis pessoas feridas.

“Vamos pedir ao governo do Estado de São Paulo a proteção para todos os assentados, para que possam trabalhar em segurança”, declarou Teixeira. Ele também cobrou investigações rigorosas para identificar todos os responsáveis pelo crime.

Um suspeito já foi preso pela Polícia Civil, que aponta a possível atuação de organizações que tentam intimidar os assentados e se apropriar de seus terrenos. “Esse é um crime que choca a sociedade brasileira. Eram agricultores pacíficos, e, ao defenderem seu espaço, foram brutalmente assassinados”, afirmou o ministro.

A ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, também compareceu ao velório a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em suas redes sociais, ela garantiu que o governo federal oferecerá proteção às lideranças do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST). “O direito à paz e à justiça é inegociável”, destacou.

Na sexta-feira, o ataque foi realizado por um grupo que chegou ao assentamento em motos e carros, disparando contra os trabalhadores. As vítimas fatais foram Valdir Nascimento, de 42 anos, e Gleison Barbosa, de 28. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que o caso foi registrado como homicídio, tentativa de homicídio e porte ilegal de arma, e um homem foi autuado em flagrante.

Os corpos das vítimas serão cremados, conforme informou o MST. O caso continua sob investigação, e a sociedade aguarda respostas claras sobre os responsáveis e suas motivações.

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