Foto: Reprodução

Pablo Marçal pode enfrentar inelegibilidade em 2024 e 2026 por abuso de poder econômico

Pablo Marçal, candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PRTB, enfrenta obstáculos judiciais que podem comprometer sua candidatura nas eleições de 2024 e até 2026. Entre os processos está a acusação de abuso de poder econômico, que envolve o uso de recursos não declarados para a contratação de colaboradores que promoveram vídeos de sua campanha nas redes sociais durante o período de pré-campanha. A prática, segundo o Ministério Público Eleitoral, caracteriza-se como uma forma de captar apoio com dinheiro de origem não esclarecida, violando as regras eleitorais.

Um dos elementos principais desse caso é a forma como Marçal teria mobilizado cabos eleitorais e simpatizantes para disseminar seus conteúdos digitais mediante promessas de pagamento. A campanha em torno de sua imagem incluía a promessa de ganhos para os envolvidos, gerando uma ação coordenada de produção e distribuição de material de propaganda. Esses vídeos, na maioria das vezes cortes de falas do candidato, eram replicados em plataformas como o TikTok e Instagram, ajudando a alavancar a visibilidade de Marçal. A falta de prestação de contas e a origem desconhecida desses recursos financeiros são centrais nas acusações que podem tornar o candidato inelegível.

Além disso, Marçal também está envolvido em outro processo por ter divulgado um laudo médico falso acusando Guilherme Boulos, seu principal adversário na corrida eleitoral, de uso de drogas. Esse laudo foi comprovado como fraudulento pela Polícia Civil de São Paulo, o que pode configurar mais uma infração eleitoral com potencial de prejudicar o andamento de sua candidatura. O laudo falso foi amplamente compartilhado nas redes sociais e foi parte de uma estratégia do candidato para atacar seus concorrentes.

O promotor eleitoral responsável pelo caso, Fabiano Augusto Petean, anexou ao processo provas de que Marçal estaria utilizando métodos que violam a legislação, o que levou o Ministério Público Eleitoral a pedir a suspensão de sua candidatura. Entre as medidas solicitadas estão a quebra dos sigilos bancário e fiscal das empresas ligadas a Marçal, além da exigência de explicações sobre o financiamento de suas atividades de campanha. Se comprovadas as irregularidades, Marçal poderá não apenas perder a oportunidade de assumir a prefeitura, caso eleito, como também se tornar inelegível até 2026, impedindo sua candidatura a cargos maiores, como a presidência da República.

A justiça eleitoral ainda está avaliando o caso e a decisão final será tomada nas próximas semanas. Caso as acusações sejam confirmadas, Marçal poderá enfrentar sanções severas que impactarão diretamente sua carreira política e suas aspirações futuras  .

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