O Partido Liberal (PL) manifestou-se oficialmente após o atentado ocorrido na noite de quarta-feira (13) na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Francisco Wanderley Luiz, ex-candidato a vereador pelo PL em Santa Catarina, detonou explosivos próximos ao Supremo Tribunal Federal (STF) e morreu no local. Em nota, o PL condenou a violência, reafirmando que ações como essa são incompatíveis com os valores da sigla. “O PL repudia qualquer tipo de violência e reafirma seu compromisso com a democracia e o respeito às instituições públicas”, declarou a liderança nacional.
O diretório do PL em Santa Catarina também emitiu uma nota reforçando sua posição contrária a qualquer ato de violência. “Defendemos firmemente o equilíbrio entre os poderes da República”, destacou o comunicado. O esquadrão antibombas desativou outros dispositivos explosivos durante a madrugada, em uma operação coordenada pela Polícia Federal e a Polícia Civil do Distrito Federal.
Valdemar Costa Neto critica tentativas de associação com os atos de 8 de janeiro
Em resposta às especulações que tentam ligar o episódio aos atos de 8 de janeiro, Valdemar Costa Neto, presidente do PL, criticou duramente a politização do atentado. Segundo ele, Francisco Wanderley Luiz, conhecido como “Tiu França”, não possuía vínculo recente com a atual liderança do partido. “Não conhecemos a pessoa. Ele foi candidato em 2020, antes de Bolsonaro integrar o PL. Estão querendo associar ao 8 de janeiro, mas não tem nada a ver”, afirmou Valdemar em entrevista à CNN Brasil.
A Polícia Civil do Distrito Federal confirmou que Francisco, um chaveiro e empresário do setor de eventos, concorreu ao cargo de vereador em Rio do Sul (SC) pelo PL em 2020, época em que o ex-presidente Jair Bolsonaro ainda não era parte do partido.
Bolsonaro lamenta ocorrido e pede pacificação
O ex-presidente Jair Bolsonaro também se pronunciou na manhã desta quinta-feira (14) nas redes sociais, onde pediu pacificação e lamentou o ocorrido, que chamou de “fato isolado”. Bolsonaro reforçou que as instituições políticas devem colaborar para um ambiente de diálogo e união. “Já passou da hora de o Brasil voltar a cultivar um ambiente adequado para o confronto pacífico de ideias”, declarou em nota.
Em entrevista ao portal “Metrópoles”, Bolsonaro classificou Francisco como “maluco” e afirmou desconhecer quem era o autor do atentado. O ex-presidente sugeriu que o homem poderia ter deixado algum registro sobre suas intenções, mas evitou alimentar especulações.
Diante do episódio, líderes políticos de diferentes vertentes defendem que o caso seja investigado com rigor e sem generalizações, preservando o respeito às instituições democráticas.