O ex-presidente da Síria, Bashar al-Assad, chegou à Rússia após seu regime, que durou 24 anos, ser derrubado por forças rebeldes. A informação foi confirmada neste domingo (8/12) pela agência de notícias estatal russa, Tass.

De acordo com o comunicado oficial, Assad e sua família desembarcaram em Moscou sob “considerações humanitárias” e receberam asilo do governo russo. A medida marca o fim de uma era de controle autoritário na Síria e reafirma os laços estreitos entre Assad e a Rússia, que foi um dos principais aliados do líder sírio durante a guerra civil.

A ofensiva rebelde foi liderada pelo grupo Hayat Tahrir Al-Sham (HTS) e começou em 27 de novembro. Em apenas 12 dias, os insurgentes avançaram sobre regiões estratégicas anteriormente controladas pelas forças pró-Assad, culminando na tomada de Damasco e na renúncia do líder.

Nas últimas semanas, o cenário político na Síria também foi marcado pela chegada de líderes jihadistas a Damasco e pela confirmação de que Israel teve papel ativo na queda do regime, segundo declarações do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

Com a saída de Assad, a Rússia reforça sua posição como um ator de peso no Oriente Médio, abrigando o ex-presidente e monitorando de perto o futuro do país devastado pela guerra.