O Volitan, primeiro barco voador brasileiro, é uma inovação que pode transformar o transporte na Amazônia, trazendo mais eficiência e sustentabilidade para a região. Criado pela startup AeroRiver em colaboração com o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), o projeto já realizou um voo experimental com um protótipo em escala reduzida em uma represa em Jacareí, São Paulo, demonstrando seu potencial revolucionário.
Com previsão para 2026, o Volitan terá 18 metros de comprimento e poderá transportar até 10 passageiros ou uma tonelada de carga. Além disso, sua autonomia de 450 km sem reabastecimento e a velocidade de até 150 km/h — três vezes a de uma lancha comum — fazem dele uma solução rápida e eficiente para a navegação nos rios amazônicos.
A Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) anunciou recentemente um investimento de R$ 10 milhões para impulsionar o desenvolvimento do Volitan, que utiliza o efeito solo para voar a cerca de dois metros da superfície da água. Esse design exclusivo permite que o barco voe baixo e seja regulamentado como uma embarcação, tornando-o mais acessível para operar em ambientes aquáticos.
Ao lado de hidroaviões e aviões convencionais, o Volitan se destaca pela capacidade de navegar próximo à água com economia e estabilidade. Diferente dos hidroaviões, que precisam decolar e voar em altura convencional, o Volitan é adaptado para operar quase na superfície, oferecendo maior controle e menor consumo de combustível. Essa combinação de características posiciona o Volitan como uma alternativa inovadora e sustentável para o transporte em áreas remotas da Amazônia.