Márcio Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça e um dos mais destacados advogados criminalistas do Brasil, é homenageado em um livro que revisita sua contribuição para a transformação da Justiça brasileira durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

Nascido em Cruzeiro, no Vale do Paraíba, Bastos foi ministro entre 2003 e 2007, período em que liderou reformas que marcaram o combate à impunidade e o fortalecimento das instituições democráticas. Seu legado é tema da obra “O Ministro que Mudou a Justiça: Márcio Thomaz Bastos”, lançada pela editora Civilização Brasileira e organizada por Celso Vilardi, Maíra Salomi, Mario Cesar Carvalho, Pierpaolo Cruz Bottini, Sônia Ráo e Tonico Galvão.

O prefácio do livro, escrito por Lula, destaca Bastos como um visionário que reestruturou o Ministério da Justiça para torná-lo um “Ministério da Cidadania.” Segundo o presidente, sua atuação consolidou reformas importantes e fortaleceu a transparência no governo. “Márcio foi essencial para a consolidação de uma Justiça mais célere e eficaz no cumprimento da lei,” afirma Lula.

Entre os feitos mais significativos de sua gestão estão a Reforma do Judiciário, a reestruturação da Polícia Federal e a homologação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol. Bastos também foi o principal responsável pela criação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), concebido durante a Constituinte de 1988 e viabilizado em 2004.

“Márcio Thomaz Bastos foi um dos maiores ministros da Justiça da história. Realizou mudanças profundas em períodos democráticos, o que reforça seu compromisso com o estado de direito,” avalia Mario Cesar Carvalho, um dos organizadores do livro.

Luis Felipe Salomão, corregedor do Superior Tribunal de Justiça, assina o capítulo sobre o CNJ, destacando o papel determinante de Bastos na concretização do órgão. “Ele foi o grande timoneiro dessa mudança essencial para o Judiciário,” afirma Salomão.

A obra apresenta uma coletânea de artigos que analisam o impacto das políticas implementadas por Bastos, defendendo seu papel central na modernização da Justiça brasileira e na garantia de direitos fundamentais.