Foto: Arte digital – Fabrício Correia / PREQUEL

Eduardo Bolsonaro e a conspiração aberta contra o Brasil

A decisão de Eduardo Bolsonaro de permanecer nos Estados Unidos e se afastar do mandato parlamentar não é um simples ato de protesto. Trata-se de uma clara tentativa de conspirar contra as instituições democráticas do Brasil, utilizando a influência de setores ultraconservadores estrangeiros para interferir diretamente na soberania nacional. O deputado, ao invés de cumprir seu papel no Congresso Nacional, opta por se exilar voluntariamente para articular ataques contra um ministro do Supremo Tribunal Federal e buscar apoio externo para desestabilizar o sistema jurídico e político brasileiro.

O discurso de Eduardo é repleto de bravatas e insinuações, mas desprovido de qualquer base factual. Ele alega, sem apresentar provas, que há um plano para prender e assassinar seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, e que o Brasil vive um “regime de exceção”. Ora, as instituições continuam funcionando plenamente, com eleições regulares e um Estado de Direito consolidado. O que Eduardo Bolsonaro e seu grupo não aceitam é a derrota política e as consequências legais dos atos praticados ao longo dos últimos anos.

Ao anunciar sua permanência nos Estados Unidos, o deputado expõe não apenas sua disposição em fomentar uma agenda golpista, mas também sua clara tentativa de pressionar forças estrangeiras a intervir nos assuntos internos do Brasil. Consultar aliados do ex-presidente Donald Trump e setores ultraconservadores do Congresso norte-americano para influenciar decisões jurídicas e políticas no Brasil é um ato de traição à pátria. Não se trata mais de divergências ideológicas ou críticas legítimas ao Judiciário, mas sim de um projeto de sabotagem contra a democracia brasileira.

A postura de Eduardo Bolsonaro acendeu alertas no governo brasileiro, pois indica a possibilidade de que haja uma movimentação coordenada para enfraquecer o país perante a comunidade internacional. A articulação de anistia aos criminosos do 8 de janeiro, somada à tentativa de descredibilizar as eleições de 2026, revela um plano preocupante que segue os moldes do que Trump tentou nos Estados Unidos ao contestar o resultado das urnas.

Parlamentares já acionaram a Procuradoria-Geral da República para que o passaporte do deputado seja apreendido. Afinal, não se pode permitir que um agente público, eleito para representar o povo, atue deliberadamente contra a soberania do país e a estabilidade de suas instituições. O Brasil tem um histórico trágico de golpes e retrocessos institucionais, e figuras como Eduardo Bolsonaro representam um perigo real para a continuidade do processo democrático.

A história julgará aqueles que tentaram subjugar a democracia brasileira aos interesses de grupos estrangeiros. Eduardo Bolsonaro não será lembrado como um defensor da liberdade, mas como um conspirador frustrado que escolheu o exílio voluntário para fomentar ataques contra o país que deveria defender. Se há algo de inevitável neste processo, é que sua biografia será marcada pela covardia política e pela submissão a interesses externos.

Fabrício Correia é escritor, jornalista, historiador e professor universitário. Presidiu a Academia Joseense de Letras e integra a União Brasileira de Escritores – UBE. É CEO da Kocmoc New Future, responsável pela agência de notícias, “Conversa de Bastidores”.

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