O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto nesta quinta-feira (20) que esvazia significativamente o Departamento de Educação do país. A medida, segundo o republicano, visa transferir o controle das políticas educacionais para os estados e combater o que chamou de “doutrinação ideológica” promovida pelo governo federal.
De acordo com o texto do decreto, a atual secretária de Educação, Linda McMahon, deverá tomar todas as providências necessárias para reduzir o alcance do departamento e garantir que nenhum programa financiado pela pasta promova ações relacionadas à diversidade, equidade, inclusão ou ideologia de gênero.
A iniciativa já enfrenta resistência. Procuradores-gerais de estados governados por democratas entraram com ações judiciais para tentar barrar a redução da estrutura e impedir a demissão de milhares de servidores.
Durante sua primeira passagem pela Casa Branca, Trump tentou eliminar o departamento, mas não conseguiu apoio suficiente no Congresso. Agora, mesmo sem extingui-lo, o ex-presidente aposta na diminuição de sua atuação como forma de cumprir antigas promessas de campanha.
A medida faz parte de uma série de cortes promovidos pela gestão republicana em agências federais. Segundo dados do Departamento de Eficiência Governamental (Doge), mais de 100 mil cargos já foram eliminados no serviço público civil.
Nas redes sociais, o empresário Elon Musk, que lidera o Doge, compartilhou uma imagem simbolizando o esvaziamento do Departamento de Educação. Críticos, no entanto, alertam que essas ações podem gerar desorganização administrativa e não apresentam, até agora, resultados financeiros concretos.