Foto: Divulgação

Prefeito de Sorocaba vira alvo da PF em operação sobre desvios na saúde

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (10), uma operação que mira possíveis irregularidades no setor da saúde em Sorocaba (SP). Um dos alvos da ação é o prefeito da cidade, Rodrigo Manga (Republicanos), conhecido nacionalmente por sua forte presença nas redes sociais, onde ganhou notoriedade como o “prefeito influencer”.

A investigação teve início em 2022, a partir de indícios de fraudes na contratação de uma Organização Social (OS) responsável por gerir serviços de saúde no município. Segundo a PF, a apuração revelou indícios de lavagem de dinheiro, como depósitos em espécie, pagamento de boletos e movimentações imobiliárias suspeitas.

Ao todo, foram expedidos 28 mandados de busca e apreensão em cidades do interior e da Grande São Paulo — como Votorantim, Itu, Osasco, Santo André, São Bernardo e São Caetano do Sul — além de Vitória da Conquista, na Bahia. Veículos de luxo, armas e dinheiro vivo foram apreendidos. A Justiça também ordenou o bloqueio de R$ 20 milhões e suspendeu a OS investigada de celebrar novos contratos com o poder público.

Os envolvidos poderão responder por crimes como corrupção ativa e passiva, peculato, lavagem de dinheiro, contratação irregular e fraude em licitações.

De vereador a fenômeno digital

Natural de Sorocaba, Rodrigo Maganhato — o Rodrigo Manga — iniciou sua carreira no setor automotivo, antes de ingressar na política em 2012, quando foi eleito vereador. Reeleito em 2016 com a maior votação da história da cidade até então, presidiu a Câmara Municipal antes de se eleger prefeito em 2020.

A popularidade do prefeito ultrapassou os limites da política. Com uma linguagem descontraída e vídeos alinhados às tendências da internet, Manga conquistou mais de um milhão de seguidores. Em 2023, lançou um livro no qual relata sua luta contra a dependência química e defende a possibilidade de superação por meio da fé e do trabalho.

Reeleito em 2024, agora ele enfrenta uma das maiores crises políticas de sua trajetória, enquanto a operação da PF lança luz sobre as práticas de gestão da saúde em Sorocaba.

 

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