Durante visita a Pindamonhangaba nesta sexta-feira (23), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que também ocupa a pasta do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, defendeu a necessidade de baixar a taxa básica de juros no país. Ele avaliou que o cenário atual, com perspectivas de uma safra agrícola recorde e estabilidade cambial, deve contribuir para aliviar o custo de vida nos próximos meses.

Ao participar do anúncio de investimentos da Novelis, referência mundial na produção e reciclagem de alumínio, Alckmin respondeu a questionamentos sobre inflação e juros. Segundo ele, a melhora nas condições climáticas após uma seca severa no final do ano passado deve impulsionar a produção agrícola, o que tende a puxar os preços para baixo.

“A expectativa é de uma safra 10% maior. Com isso, os alimentos devem ficar mais baratos. Além disso, o dólar recuou e está na casa dos R$ 5,66, o que também contribui para reduzir a pressão inflacionária”, explicou o vice-presidente.

Em relação à Selic, atualmente em 14,75% — maior nível em quase duas décadas —, Alckmin foi enfático ao apontar os prejuízos para a economia. “Taxa alta significa crédito mais caro e menos investimento. Isso trava a economia. Cada ponto percentual da Selic representa R$ 48 bilhões a mais por ano na dívida pública. Subiu rápido, agora tem que cair rápido. E quanto antes, melhor”, afirmou.