Foto: Reprodução

Comitiva de SP suspende viagem a Israel após escalada do conflito no Oriente Médio

A missão oficial liderada pelo vice-governador de São Paulo, Felício Ramuth (PSD), com destino ao Oriente Médio, foi interrompida após a eclosão de novos ataques entre Israel e Irã. O grupo, formado por sete prefeitos paulistas — incluindo três do Vale do Paraíba — alterou os planos de viagem diante da instabilidade na região.

Integravam a comitiva os prefeitos Anderson Farias (PSD), de São José dos Campos; Caê (Republicanos), de Campos do Jordão; e Junior Filippo (PSD), de Guaratinguetá. A programação incluía visitas a empresas nas áreas de saneamento, segurança e sustentabilidade, além de participação em uma feira internacional de municípios. A agenda teria duração de uma semana.

O grupo foi informado dos bombardeios durante o trajeto aéreo. Segundo Ramuth, o alerta chegou cerca de duas horas antes da aterrissagem em Paris, onde fizeram conexão. “Era uma agenda oficial a convite de Israel. Mas fomos surpreendidos ainda no voo com as notícias da ofensiva. Agora estamos em Paris, aguardando definição para o retorno ao Brasil”, afirmou o vice-governador.

O prefeito de Campos do Jordão, Caê, que seguiu viagem até Madrid, também se manifestou sobre a mudança de planos. “Íamos passar por Jerusalém e Tel Aviv, mas, já na ponte aérea, fomos orientados a não seguir. Israel fechou o espaço aéreo por segurança. Foi um livramento. Deus sabe de todas as coisas”, declarou, em vídeo.

Já o prefeito Anderson Farias relatou o impacto da notícia em pleno voo. “Fui acordado pelo Felício com a notícia do ataque. Seguíamos para a conexão em Paris. Graças a Deus, não chegamos a Israel. É algo muito grave, prefiro nem entrar nos méritos da guerra. O mais importante agora é voltarmos em segurança.”

A previsão é que o grupo retorne ao Brasil até domingo (15), dependendo da reorganização dos voos na Europa.

Conflito se agrava

Na madrugada de sexta-feira (13), horário local, as Forças de Defesa de Israel lançaram um ataque aéreo contra estruturas estratégicas no Irã, incluindo instalações nucleares. O bombardeio teria causado a morte de figuras de alto escalão do governo iraniano, como o comandante da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, e o chefe das Forças Armadas, Mohammad Bagheri. Dois cientistas nucleares também estariam entre os mortos.

O Irã classificou a ação como “declaração de guerra” e enviou uma queixa formal à ONU, pedindo resposta imediata da comunidade internacional. Em contrapartida, Israel informou que mais de cem drones iranianos foram lançados em direção ao seu território, e determinou que a população buscasse abrigo.

A tensão reacendeu alertas diplomáticos no mundo todo, atingindo diretamente agendas internacionais como a da comitiva paulista, que agora lida com os efeitos da instabilidade geopolítica no retorno ao Brasil.

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