Foto: Reproducao

Trump mantém ofensiva contra Moraes e ameaça endurecer sanções ao Brasil

Na véspera da retomada do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal, a gestão de Donald Trump voltou a mirar o ministro Alexandre de Moraes. Washington reafirmou que continuará adotando medidas contra o magistrado e autoridades brasileiras vistas como responsáveis por “abusos de poder”.

O subsecretário de Diplomacia Pública do Departamento de Estado, Darren Beattie, declarou que o 7 de Setembro, celebrado no domingo, foi “um lembrete do compromisso dos EUA em apoiar o povo brasileiro na defesa da liberdade e da justiça”. Ele acrescentou que o governo americano não pretende recuar: “Para Moraes e para aqueles que têm corroído esses valores fundamentais, seguiremos tomando providências cabíveis”.

Entre os apoiadores de Bolsonaro, a expectativa é de que novas restrições de vistos e punições financeiras atinjam tanto integrantes do Supremo quanto membros do governo federal. A mulher de Moraes, Viviane Barci, já estaria na mira das autoridades norte-americanas.

Outra possibilidade discutida é a suspensão de parte das cerca de 700 exceções concedidas às tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, recentemente impostas por Trump. A medida, no entanto, é considerada mais drástica e de difícil execução imediata.

Na semana passada, o presidente americano justificou a sobretaxa alegando que o Brasil “se radicalizou à esquerda” e que essa guinada estaria “machucando muito o país”. Apesar disso, Trump ressaltou que mantém uma boa relação com o povo brasileiro, diferenciando-o do atual governo.

Questionado ainda sobre possíveis retaliações ligadas à Assembleia-Geral da ONU, o republicano indicou que sanções a vistos de autoridades que integrarão a delegação brasileira também estão no radar.

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