Foto: Gustavo Moreno – STF

Defesa de Bolsonaro afirma que não concorda, mas acatará decisão do Supremo

O advogado Celso Vilardi, responsável pela defesa de Jair Bolsonaro (PL), declarou nesta terça-feira (9) que, embora discorde dos posicionamentos apresentados até o momento no Supremo Tribunal Federal, o ex-presidente e sua equipe jurídica acatarão o que for decidido pela Corte.

A fala ocorreu após os ministros Alexandre de Moraes, relator do processo, e Flávio Dino manifestarem votos pela condenação de Bolsonaro na ação que trata da tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. O julgamento, que teve início no dia 2 de setembro, foi interrompido e será retomado nesta quarta-feira (10) com o voto do ministro Luiz Fux.

“Discordamos tanto da forma como foram tratadas as questões preliminares quanto da análise de mérito, mas sempre respeitaremos a decisão do Supremo”, disse Vilardi ao fim da sessão.

O processo envolve não apenas o ex-presidente, mas também antigos aliados e membros de seu governo: Alexandre Ramagem (ex-diretor da Abin), Almir Garnier (ex-comandante da Marinha), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça), Augusto Heleno (ex-ministro do GSI), Mauro Cid (ex-ajudante de ordens), Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa) e Walter Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil).

A Primeira Turma do STF reservou toda esta semana para a análise do caso. Após a fase em que se decide pela absolvição ou condenação dos acusados, os ministros deverão discutir a dosimetria das penas — definição do tempo de prisão e das condições em que cada um poderá cumprir a sentença. A expectativa é que essa etapa ocorra até sexta-feira (12).

O resultado do julgamento deve ter grande repercussão política, já que pode consolidar a responsabilização de Bolsonaro como figura central nas articulações para reverter o resultado eleitoral de 2022, quando Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito presidente.

 

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