O fogo que devastou uma extensa área de preservação em Cruzeiro, no Vale do Paraíba, foi controlado nesta quarta-feira (17), depois de oito dias de enfrentamento contínuo.
A operação mobilizou equipes da Defesa Civil estadual e municipal, Corpo de Bombeiros, brigadistas e voluntários, além do reforço aéreo de helicópteros Águia da Polícia Militar e aviões de asa fixa, que despejaram água nas frentes mais críticas. A geografia acidentada e a vegetação fechada dificultaram o acesso por terra e prolongaram o trabalho.
Para acompanhar a situação de perto, autoridades estaduais da Defesa Civil e do Meio Ambiente realizaram um sobrevoo no domingo (14). Diante do cenário de risco extremo para queimadas em várias regiões de São Paulo, o governo instalou um gabinete de crise.
Segundo estimativa do Corpo de Bombeiros, cerca de 67 hectares foram atingidos, incluindo áreas de preservação permanente e trechos de mata nativa. O episódio já é considerado um dos maiores incêndios recentes na região.
Apesar da gravidade, o desastre não superou o incêndio registrado em setembro de 2024 na Serra da Bocaina, em Bananal, que se estendeu por 18 dias e permanece como o mais duradouro do Vale do Paraíba em tempos recentes.