O ex-secretário de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira, foi flagrado por agentes da Polícia Federal no aeroporto de Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, com nove cigarros de maconha dentro de sua bagagem. O caso aconteceu no dia 13 de setembro, quando ele ainda ocupava o cargo no governo Romeu Zema e estava em viagem de férias.

No dia seguinte ao episódio, Leônidas anunciou sua saída da secretaria em uma publicação nas redes sociais. O governo estadual divulgou nota oficial confirmando o desligamento, descrevendo-o como “fim de um ciclo”, sem mencionar a apreensão da droga.

A identificação ocorreu durante inspeção de rotina no raio-X do aeroporto, quando a equipe detectou material suspeito na mala. Acionado, um agente da PF inspecionou a bagagem e encontrou os cigarros de maconha. O próprio secretário confirmou ser o dono da mala e da droga. Ele foi levado ao Centro Integrado de Segurança Pública, onde prestou esclarecimentos e teve registrado um boletim de ocorrência. Após ser notificado para comparecer posteriormente à Justiça, foi liberado.

Pela legislação brasileira, o porte de até 40 gramas de maconha é considerado uso pessoal, não configurando tráfico. Nesses casos, como o de Leônidas, a lei prevê advertência sobre os efeitos da droga e a aplicação de medidas socioeducativas. O material foi apreendido e encaminhado à 8ª Companhia da Polícia Militar Independente.

No dia 14 de setembro, um dia após o flagrante, Leônidas pediu oficialmente exoneração do cargo de secretário de Cultura. Procurado pela reportagem da Band, ele não respondeu se a saída da pasta tem relação direta com o episódio ocorrido no aeroporto.