Foto: Reprodução

Cessar-fogo põe fim a dois anos de guerra na Faixa de Gaza

O governo de Israel ratificou, nesta sexta-feira, um acordo de cessar-fogo com o grupo palestino Hamas, abrindo caminho para a suspensão das hostilidades na Faixa de Gaza dentro de 24 horas e para a libertação de reféns israelenses em troca de prisioneiros palestinos.

O gabinete israelense aprovou o plano cerca de 24 horas após mediadores anunciarem a iniciativa que prevê, em sua primeira fase, a troca de prisioneiros e a retirada parcial das forças israelenses de Gaza. O acordo integra uma proposta articulada pelos Estados Unidos, sob liderança do presidente Donald Trump, com o objetivo de encerrar o conflito iniciado há dois anos.

Pelos termos, Israel deverá libertar centenas de palestinos detidos, enquanto o Hamas entregará os reféns que ainda permanecem sob seu controle. A previsão é de que as primeiras liberações ocorram no início da próxima semana.

Antes da entrada oficial em vigor do cessar-fogo, ataques aéreos israelenses continuaram em diversas áreas de Gaza, mas em intensidade menor que nas semanas anteriores. Autoridades locais relataram a destruição de prédios residenciais e um número reduzido de vítimas em comparação aos dias de confrontos intensos.

Com a trégua, comboios humanitários voltarão a entrar em Gaza levando alimentos, medicamentos e suprimentos básicos. Centenas de milhares de pessoas ainda vivem em abrigos improvisados, após a destruição de cidades inteiras durante os bombardeios.

O acordo é visto como o maior avanço diplomático desde o início da guerra, que já deixou mais de 67 mil palestinos mortos e ampliou o isolamento político de Israel. Caso seja integralmente implementado, a trégua poderá abrir espaço para negociações mais amplas, com o envolvimento de mediadores internacionais e países da região.

Apesar da expectativa de estabilidade, diplomatas alertam que o processo ainda enfrenta entraves. A lista final de prisioneiros palestinos a serem libertados não foi concluída, e há impasses sobre nomes de militantes de alto escalão. Mesmo assim, o cessar-fogo representa o primeiro sinal concreto de distensão desde o início da escalada militar.

Se cumprido em sua totalidade, o acordo pode significar o fim de um dos capítulos mais violentos da história recente do Oriente Médio e o início de uma nova etapa de reconstrução para a Faixa de Gaza.

 

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