Foto: Reprodução

Abu Mohammed al-Jolani: O líder que comandou a queda de Bashar al-Assad na Síria

Abu Mohammed al-Jolani, líder da força rebelde Hayat Tahrir al-Sham (HTS), consolidou sua posição como uma figura central no colapso do regime de Bashar al-Assad. Sob seu comando, o HTS, considerado o principal grupo opositor ao governo sírio, tomou o controle da capital Damasco neste domingo (8 de dezembro de 2024), após a fuga do presidente Assad.

Com um histórico controverso, al-Jolani já ocupou posições de liderança nas facções extremistas Estado Islâmico e Al-Qaeda antes de criar o HTS, que emergiu como uma coalizão de diversas milícias insurgentes na guerra civil síria. Apesar de ser classificado como organização terrorista por Estados Unidos e União Europeia, o HTS se distanciou das práticas extremistas que marcaram seus predecessores, adotando uma abordagem mais focada em objetivos nacionais.

A ofensiva que resultou na queda de Assad foi coordenada com precisão, envolvendo a captura de cidades estratégicas como Aleppo e Homs, e culminando na tomada de Damasco. Em declarações recentes, al-Jolani afirmou que a derrubada do regime era o principal objetivo de sua luta: “Esse regime chegou ao fim”, declarou em entrevista à CNN.

Embora o HTS tenha buscado apresentar uma imagem mais moderada, prometendo proteger minorias e criar um governo pluralista, a comunidade internacional permanece cautelosa quanto às intenções do grupo. A queda de Assad, após mais de duas décadas no poder, marca o fim de uma era na Síria, mas abre caminho para novos desafios políticos e sociais em um país devastado por anos de conflito.

A trajetória de al-Jolani, que conseguiu transformar o HTS em uma força política e militar significativa, também levanta questões sobre o futuro da governança na Síria e o impacto na estabilidade do Oriente Médio. Enquanto a população síria celebra o fim de um regime autoritário, o mundo observa de perto os próximos passos do líder rebelde e sua visão para o futuro do país.

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