Foto: Reprodução / Redes sociais

Boicote do Carrefour à carne brasileira provoca reação enérgica de Arthur Lira

A decisão do Carrefour de suspender a compra de carne de países do Mercosul, alegando preocupações ambientais, gerou forte repercussão no Brasil. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), classificou a postura da rede francesa como protecionismo injusto e cobrou uma resposta clara do país. Durante o evento Global Voices, realizado em São Paulo pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Lira afirmou que o Congresso deverá pautar medidas de reciprocidade econômica como reação à decisão.

“A declaração do CEO do Carrefour é um ataque não apenas aos produtores brasileiros, mas à imagem do Brasil como líder em produção sustentável. Não é aceitável que interesses protecionistas da França se camuflem sob o discurso ambiental,” afirmou Lira.

A polêmica teve início com uma postagem de Alexandre Bompard, CEO do Carrefour, nas redes sociais, em que ele defendeu um bloqueio à carne que não respeite os padrões ambientais e sociais estabelecidos pela empresa. A declaração foi feita em meio a protestos de agricultores franceses contra o acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul, reacendendo tensões comerciais entre os blocos.

Lira destacou que os produtores brasileiros seguem rigorosos padrões ambientais, previstos no Código Florestal, e reforçou que o país não aceitará injustiças em suas relações comerciais. Ele também citou medidas recentes aprovadas pelo Congresso, como a regulamentação do mercado de carbono e o Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), que tornaram o Brasil mais alinhado às demandas ambientais globais.

O impacto das declarações foi imediato. Grandes frigoríficos brasileiros anunciaram a suspensão do fornecimento de carne ao Carrefour no Brasil, em um movimento visto como retaliação. Lira reforçou a importância de fortalecer o diálogo internacional, mas sem abrir mão de uma postura firme.

“Precisamos mostrar ao mundo que o Brasil não é apenas um fornecedor de commodities, mas um país comprometido com a sustentabilidade e a justiça nas relações comerciais. Essa resposta será dada de forma clara e contundente,” concluiu.

 

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