Foto: Rosinei Coutinho – STF

Bolsonaro não deve comparecer ao início do julgamento no STF sobre tentativa de golpe

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não deve estar presente na abertura do julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) que o coloca no centro do processo sobre a trama golpista. A análise do caso começa nesta terça-feira (2) e pode resultar em uma pena superior a 40 anos de prisão.

Segundo sua defesa, Bolsonaro enfrenta problemas de saúde que o impedem de comparecer. Ele vem sofrendo crises recorrentes de soluço, muitas vezes acompanhadas de vômitos. Desde o dia 4 de agosto, cumpre prisão domiciliar, tendo deixado a residência apenas uma vez, em 16 de agosto, para a realização de exames médicos. O boletim divulgado na ocasião informou que ele segue em tratamento para hipertensão e refluxo, com cuidados adicionais contra riscos de broncoaspiração.

Aliados próximos afirmam que a situação física e psicológica do ex-presidente é frágil. A senadora Damares Alves (Republicanos-DF), que esteve com Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle nesta segunda-feira (1º), relatou que ele se mantém sereno, mas ainda enfrenta crises intensas de soluço.

Nos bastidores, Bolsonaro teria manifestado o desejo de comparecer ao tribunal em algumas sessões — especialmente no último dia, como gesto político para enfrentar pessoalmente os ministros que considera adversários. A presença, contudo, dependeria de autorização do relator Alexandre de Moraes, já que ele está em prisão domiciliar.

O julgamento do STF está previsto para se estender até o dia 12 de setembro. Mesmo sem a confirmação da ida do ex-presidente, aliados consideram que sua participação física no tribunal seria simbólica, enquanto a ausência pode ser interpretada como fragilidade.

 

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