Neste sábado, 18 de janeiro de 2025, o ex-presidente Jair Bolsonaro esteve no Aeroporto Internacional de Brasília para acompanhar sua esposa, Michelle Bolsonaro, que embarcou rumo aos Estados Unidos. Michelle participará da posse do presidente Donald Trump, marcada para segunda-feira, dia 20.
Visivelmente emocionado, Bolsonaro usava um boné com o slogan de Trump, “Make America Great Again”, e lamentou não poder participar do evento devido à apreensão de seu passaporte, imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF). “Estou chateado, abalado ainda. Enfrento uma enorme perseguição política por parte de uma pessoa”, disse, referindo-se ao ministro Alexandre de Moraes.
Ao falar com apoiadores, o ex-presidente destacou sua admiração por Trump e expressou confiança de que o líder norte-americano poderia ajudá-lo a reverter sua inelegibilidade no Brasil. “Gostaria de apertar a mão dele. Ele pode fazer muito por nós”, afirmou.
Michelle Bolsonaro também demonstrou solidariedade ao marido. Antes de embarcar, disse acreditar que Bolsonaro é alvo de perseguição política e que seus adversários têm “medo” de sua força.
Restrição ao ex-presidente
O pedido de Bolsonaro para recuperar seu passaporte foi negado pelo ministro Alexandre de Moraes. A decisão considerou a falta de um convite oficial para a posse de Trump e a ausência de mudanças significativas no processo judicial que justifiquem sua saída do Brasil.
Desde fevereiro de 2024, Bolsonaro enfrenta restrições judiciais que o impedem de deixar o país. A medida faz parte de uma investigação sobre supostas irregularidades durante seu mandato.
Michelle Bolsonaro, agora nos Estados Unidos, deve representar a família em nome do estreito alinhamento ideológico entre Trump e o ex-presidente brasileiro, que sempre compartilhou valores políticos com o republicano.
A menção a Trump também trouxe à tona as ambições políticas de Bolsonaro. Apesar das dificuldades legais, ele segue ativo em sua base eleitoral e aposta em lideranças internacionais para ampliar sua influência e buscar alternativas para sua situação jurídica no Brasil.
Embora impossibilitado de viajar, Bolsonaro reafirma sua determinação em disputar o protagonismo político, mesmo diante de incertezas sobre sua elegibilidade. Para seus apoiadores, o ex-presidente continua a ser uma referência de luta contra o que ele chama de “abuso de poder”.