O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sobrevoou a Amazônia durante sua visita ao Brasil, observando de perto áreas de desmatamento e incêndios. O cientista Carlos Nobre, que acompanhou a visita, revelou que o líder americano fez uma série de questionamentos sobre os impactos ambientais e sociais causados pela destruição da floresta.
Apesar do gesto de preocupação, Biden anunciou um aporte de US$ 50 milhões ao Fundo Amazônia, valor que ficou abaixo dos US$ 500 milhões prometidos anteriormente pelos Estados Unidos. A redução do montante gerou críticas e levantou dúvidas sobre o comprometimento do governo americano com a preservação da floresta tropical.
Carlos Nobre também destacou que os efeitos do desmatamento na Amazônia extrapolam as fronteiras da região, impactando diretamente o equilíbrio climático global. Ele aproveitou a ocasião para criticar a postura do presidente eleito da Argentina, Javier Milei, chamando atenção para o discurso anticiência que, segundo ele, dificulta avanços no combate às mudanças climáticas.
A visita de Biden à Amazônia e o anúncio do financiamento voltaram a colocar em pauta a importância de esforços internacionais para conter o desmatamento. No entanto, o valor anunciado evidencia os desafios para implementar ações efetivas de preservação e reforça a necessidade de maior comprometimento por parte das grandes potências.