Cláudio Lembo, ex-governador de São Paulo, morre aos 90 anos

O ex-governador de São Paulo Cláudio Lembo faleceu na madrugada desta quarta-feira (19), aos 90 anos. A família não divulgou a causa da morte.

O velório acontecerá na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), no Hall Monumental, entre 10h30 e 15h. O sepultamento está previsto para as 16h no Cemitério do Araçá.

Trajetória política

Figura influente na política paulista, Lembo assumiu o governo do estado em março de 2006, após a renúncia de Geraldo Alckmin, que disputava a Presidência da República. Antes disso, atuou como vice-governador entre 2003 e 2006.

Seu mandato foi marcado por desafios significativos, como a onda de ataques promovidos pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) em maio de 2006, em resposta à transferência de presos para um presídio de segurança máxima no interior do estado. O episódio resultou em um dos períodos mais violentos da história recente de São Paulo, com ataques a forças de segurança e ônibus incendiados.

Carreira e legado

Advogado e professor, Lembo se formou em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade de São Paulo (USP) e obteve doutorado em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, onde também foi reitor. Na vida pública, foi um dos fundadores do antigo PFL (depois DEM) e, desde 2011, integrava o PSD, partido criado por Gilberto Kassab.

Além do governo estadual, Lembo teve uma longa trajetória na administração municipal de São Paulo, ocupando cargos em diversas gestões, incluindo as de Olavo Setúbal, Jânio Quadros, Paulo Maluf e Gilberto Kassab.

Homenagens

A morte do ex-governador gerou manifestações de pesar no meio político. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou seu compromisso com a democracia e os valores constitucionais. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, decretou luto oficial de três dias.

Gilberto Kassab, que considerava Lembo um mentor e amigo, ressaltou sua trajetória íntegra e exemplar. O presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Ricardo Teixeira, também prestou homenagem, destacando sua retidão tanto na política quanto na academia.

Cláudio Lembo deixa a esposa, Renéa, o filho Salvador e netos. Seu legado político e acadêmico permanece como referência na história paulista.

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