Ednaldo Rodrigues foi reconduzido à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) nesta segunda-feira (24), após uma votação unânime entre os 67 eleitores. A reeleição ocorre em meio a críticas públicas do ex-jogador Ronaldo Nazário, que vinha sendo apontado como possível candidato ao cargo.

Segundo Ronaldo, o sistema atual da entidade inviabiliza a participação de outros candidatos, mantendo um ciclo de poder concentrado. “O sistema não permite a entrada de novos nomes. Historicamente, a CBF nunca teve uma eleição com dois candidatos. Quem está no poder se reelege ou elege o sucessor”, declarou o ex-atacante em entrevista recente.

Ronaldo, que já havia manifestado o desejo de contribuir para o futebol brasileiro por meio da presidência da CBF, acabou desistindo de concorrer, alegando falta de apoio das federações estaduais.

Rodrigues, por sua vez, rebateu as críticas, afirmando que houve avanços na democratização do processo eleitoral ao reduzir o número de clubes e federações exigidos para viabilizar candidaturas. Ele também disse que tem consideração e respeito por Ronaldo: “As portas da CBF estão abertas para vocês, para o futebol brasileiro e para Ronaldo”, declarou a jornalistas.

A eleição foi convocada com uma semana de antecedência em relação à programação inicial, marcada para março de 2026. O atual presidente utilizou uma brecha estatutária para antecipar o pleito em um ano, aproveitando a desistência do ex-jogador.

Mesmo tendo sido afastado temporariamente do cargo em 2023, Rodrigues retornou graças a uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Seu novo mandato, no entanto, só entra em vigor a partir de abril de 2026.

Durante a cerimônia de reeleição, Rodrigues agradeceu o apoio da família e dos colegas de trabalho, destacando que o resultado representa “o triunfo da democracia, do diálogo e da autonomia das entidades esportivas”.

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