Nesta terça-feira (19), o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, declarou apoio a Edmundo González Urrutia como “presidente eleito” da Venezuela, em uma nova reviravolta política para o país. Blinken afirmou que o povo venezuelano fez sua escolha nas eleições de 28 de julho, reconhecendo González como legítimo vencedor.
A declaração gerou forte reação do governo de Nicolás Maduro. O chanceler venezuelano, Yván Gil, classificou o reconhecimento como “ridículo” e acusou os Estados Unidos de tentarem interferir na soberania da Venezuela. Comparando González ao ex-líder opositor Juan Guaidó, Gil reforçou o apoio ao atual governo.
O pleito de 28 de julho foi marcado por denúncias de irregularidades e ausência de transparência. Embora o Conselho Nacional Eleitoral, alinhado ao governo Maduro, tenha anunciado a vitória do presidente, a oposição afirma ter evidências de que González recebeu o dobro de votos. Após a eleição, González enfrentou perseguição política e se refugiou na Espanha, de onde vem articulando apoio internacional.
A comunidade global segue dividida. Enquanto EUA e países aliados apoiam González, nações como Rússia e China continuam a reconhecer Maduro como líder legítimo. A instabilidade política aprofunda a crise venezuelana, ampliando incertezas sobre o futuro do país.