Na noite desta quarta-feira (13/11), a Praça dos Três Poderes, em Brasília, foi palco de duas explosões que ocorreram em sequência, com apenas 20 segundos de intervalo, nas proximidades do Supremo Tribunal Federal (STF). O incidente resultou na morte de um homem e desencadeou uma mobilização emergencial das equipes de segurança na região. Bombeiros e especialistas em explosivos foram rapidamente acionados para controlar a situação e realizar inspeções na área, isolando o local por questões de segurança.

As explosões chamaram atenção de quem circulava pela Esplanada dos Ministérios, onde estão localizados os principais prédios do governo federal. Um veículo, estacionado entre o STF e o Anexo IV da Câmara dos Deputados, explodiu, e as autoridades encontraram fogos de artifício e tijolos em seu porta-malas. Próximo à estátua da Justiça, um dos símbolos do STF, o corpo de um homem foi localizado. Seu resgate foi realizado apenas após a área ser declarada segura pelas equipes especializadas.

Diante do ocorrido, o esquadrão antibombas realizou uma extensa varredura para garantir que não houvesse outros explosivos no perímetro. Durante o incidente, as sessões plenárias que estavam em andamento na Câmara dos Deputados foram suspensas após a confirmação da morte. Já no Senado, as atividades foram mantidas até as 21h. No STF, as atividades já haviam sido encerradas, e os ministros e servidores foram retirados do local em segurança.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia deixado o Palácio do Planalto no momento das explosões e não houve ordens para evacuar o edifício presidencial. A Polícia Federal iniciou uma investigação para apurar as causas e a possível autoria do atentado.

O episódio foi testemunhado por várias pessoas no local, entre elas, a funcionária do Tribunal de Contas da União, Lauana Costa, que relatou ter visto um homem segurando uma sacola e acenando antes da primeira explosão. Segundo ela, o homem lançou um objeto próximo à estátua da Justiça e, logo em seguida, caiu ao chão, indicando a gravidade do ocorrido.

Em nota oficial, o STF confirmou que “fortes estrondos foram ouvidos após o término da sessão, e todos foram retirados do prédio por cautela”. O secretário de Segurança do Distrito Federal, Sandro Avelar, também comunicou que a Esplanada dos Ministérios foi fechada, e um efetivo reforçado da Polícia Militar foi mobilizado para proteger a área.

Durante uma entrevista concedida no Palácio do Planalto pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP), o som das explosões pôde ser ouvido, marcando a gravidade do incidente. Imagens capturadas mostram o carro destruído, isolado pela polícia, e uma intensa movimentação na Praça dos Três Poderes, que permanecerá isolada enquanto as investigações e as inspeções continuam.

As autoridades continuam apurando os detalhes e estão em alerta máximo para garantir a segurança nas proximidades dos principais prédios do governo.