Foto: Agência Senado

Flávio Bolsonaro minimiza plano para executar Lula e critica operação da Polícia Federal

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) se posicionou contra a operação conduzida pela Polícia Federal nesta terça-feira, 19, que investiga um suposto esquema de militares para eliminar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Durante declarações, o senador afirmou que “pensar em tirar a vida de alguém, por mais que seja algo repulsivo, não configura crime”. Ele argumentou que, para caracterizar uma tentativa de homicídio, seria necessário que o ato fosse efetivamente iniciado e interrompido por algum motivo externo.

A operação da PF, batizada de Contragolpe, revelou a existência de um planejamento detalhado por parte de militares, que incluía ataques coordenados contra o governo e autoridades judiciais. Denominado “Punhal Verde e Amarelo”, o plano, segundo as investigações, pretendia impedir a posse de Lula após as eleições de 2022.

Contexto e Reações

As declarações do senador provocaram controvérsia, com juristas destacando que, mesmo que o simples pensamento não configure crime, o planejamento ativo e a organização de ações ilícitas podem ser enquadrados como conspiração ou formação de organização criminosa.

A Polícia Federal aponta que o esquema incluía técnicas de operações militares avançadas, uso indevido de recursos públicos e monitoramento clandestino de autoridades. Até o momento, Flávio Bolsonaro não comentou sobre a menção de nomes como os dos generais Augusto Heleno e Braga Netto, apontados como líderes do suposto gabinete golpista.

A investigação segue em curso, com a operação revelando novos detalhes sobre a tentativa de subverter o processo democrático após as eleições.

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