Han Duck-soo, que assumiu a presidência interinamente hoje (14/12) após a destituição de Yoon Suk Yeol, é um político experiente na Coreia do Sul, com uma longa trajetória em cargos de destaque no governo. Atualmente primeiro-ministro, Han já havia ocupado a chefia de governo em outro momento, entre 2007 e 2008, além de ter servido como embaixador nos Estados Unidos e exercido funções ligadas à economia e relações internacionais.
Conhecido por seu perfil técnico e diplomático, Han é considerado uma figura de consenso, o que será crucial para garantir a estabilidade do país durante o período de transição. Em sua declaração após assumir o cargo, ele destacou o compromisso em “assegurar uma governança estável” diante da crise política que resultou na destituição do presidente Yoon Suk Yeol.
Próximos passos
Com o impeachment aprovado pelo parlamento, o caso segue agora para o Tribunal Constitucional, que terá até 180 dias para decidir se confirma a destituição ou reintegra Yoon Suk Yeol ao cargo. Para que a destituição seja confirmada, seis dos sete juízes do tribunal precisam votar favoravelmente. No entanto, atualmente, a corte possui apenas seis juízes, o que gera dúvidas sobre como será conduzida a decisão, uma vez que há três vagas ainda não preenchidas.
Caso o tribunal decida pela destituição definitiva ou se Yoon renunciar voluntariamente, uma nova eleição presidencial deverá ser convocada em até 60 dias. Enquanto isso, Han Duck-soo permanecerá como chefe de Estado e governo interino, enfrentando o desafio de governar em meio a uma crise política e social sem precedentes no país.
A decisão do Tribunal Constitucional será crucial não apenas para definir o futuro do cargo presidencial, mas também para restaurar a confiança na estabilidade democrática do país. Enquanto isso, Han terá que equilibrar a administração das tensões internas, como os protestos e a polarização política, e a condução de políticas essenciais para a economia e a segurança nacional.