Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, ex-candidato a vereador em Rio do Sul (SC) pelo Partido Liberal (PL), morreu na noite desta quarta-feira (13/11) em um ataque explosivo que causou alvoroço e reforço de segurança na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Francisco, conhecido nas redes sociais como “Tiu França”, havia disputado as eleições municipais de 2020, recebendo 98 votos, mas sem conseguir se eleger.
Antes do ataque, Francisco deixou uma mensagem para a Polícia Federal (PF), indicando intenções de realizar um atentado contra o Supremo Tribunal Federal (STF). Em postagens nas redes sociais, ele expressava posicionamentos radicais, referindo-se a figuras políticas de esquerda como “comunistas de merda”. Francisco estava morando no Distrito Federal há cerca de quatro meses, e testemunhas afirmaram tê-lo visto momentos antes das explosões, carregando uma sacola em frente ao STF.
O ataque ocorreu logo após o encerramento de uma sessão no Supremo, gerando grande tensão e levando à evacuação imediata de ministros, servidores e colaboradores do prédio. As detonações foram registradas em dois pontos: uma em frente à estátua da Justiça, no pátio do STF, e outra em um veículo estacionado entre o STF e o Anexo IV da Câmara dos Deputados. Equipes especializadas do Corpo de Bombeiros e da Polícia Federal foram mobilizadas para investigar o local e neutralizar possíveis ameaças adicionais.
As autoridades intensificaram as medidas de segurança em toda a área dos Três Poderes, enquanto a Polícia Federal investiga as motivações e potenciais conexões de Francisco com grupos extremistas. O caso levanta um alerta sobre a segurança das instituições e destaca a necessidade de estratégias mais eficazes para prevenir ataques a figuras e locais de alta relevância política. A Polícia Federal analisa os dados e mensagens deixados pelo suspeito para entender se ele agiu sozinho ou teve apoio, em uma investigação que segue com atenção da sociedade, especialmente diante do impacto que tal ação pode ter sobre a estabilidade democrática e a segurança pública no país.