Nesta sexta-feira (13), Emmanuel Macron, presidente da França, anunciou François Bayrou como o novo primeiro-ministro do país. Com 73 anos, Bayrou é uma figura experiente na política francesa, tendo concorrido à presidência em três ocasiões e ocupado cargos de ministro da Educação e da Justiça. Reconhecido por sua posição centrista e habilidade de transitar entre diferentes correntes políticas, ele foi escolhido para ajudar a superar a crise política que tem paralisado o governo francês.
A escolha ocorre em um cenário de impasse após as eleições parlamentares de julho, quando nenhuma coalizão conseguiu conquistar maioria. Esse bloqueio tem dificultado debates cruciais, como a aprovação de projetos de lei e cortes no orçamento. Durante sua posse no Hotel Matignon, Bayrou destacou que buscará caminhos para a reconciliação política e prometeu trabalhar pela governabilidade, apesar da resistência de uma Assembleia Nacional fortalecida por grupos de oposição.
O cargo de primeiro-ministro na França inclui responsabilidades significativas, como a formação do gabinete de ministros e a definição de políticas migratórias e econômicas. Bayrou sucede Michel Barnier, que foi destituído após apenas três meses no cargo. A remoção de Barnier resultou de uma aliança inédita entre deputados de esquerda e da extrema direita, que rejeitaram as propostas orçamentárias do governo. A votação foi interpretada como um aviso direto a Macron: sem negociações, o novo premiê também pode enfrentar dificuldades, intensificando as pressões sobre o próprio presidente.
Bayrou reconheceu os riscos políticos que assumiu ao aceitar o cargo e enfatizou a gravidade do momento. Sua missão será complexa, exigindo habilidade para mediar interesses divergentes e avançar com projetos essenciais para o país.