Faleceu neste sábado (29), em Recife, aos 85 anos, o advogado, poeta, jornalista e ex-presidente do Tribunal de Contas da União, Marcos Vinicios Rodrigues Vilaça. Ele estava internado na Clínica Florença, na capital pernambucana. A informação foi confirmada pela assessoria da Academia Brasileira de Letras, da qual era integrante desde 1985, ocupando a cadeira 26.
Natural de Nazaré da Mata (PE), nascido em 30 de junho de 1939, Vilaça era filho de Antônio de Souza Vilaça e Evalda Rodrigues Vilaça. Foi casado com Maria do Carmo Duarte Vilaça, com quem teve três filhos: Rodrigo Otaviano, Taciana Cecília e Marcantônio, este último falecido em 2000.
Ao longo de sua trajetória, publicou obras como “Nordeste: Secos & Molhados” e “Recife Azul, líquido do céu”, ambas de 1972, além de títulos como “O tempo e o sonho” e “Por uma Política Nacional de Cultura”, de 1984. Em parceria com Roberto Cavalcanti, coescreveu o clássico “Coronel, coronéis: Apogeu e declínio do coronelismo no nordeste”, lançado em 1965.
Vinculado ao campo cultural e com proximidade política com José Sarney, que o indicou ao TCU, Vilaça também atuou como Secretário da Cultura do Ministério da Educação e Cultura, foi diretor da Caixa Econômica Federal e professor de Direito Internacional Público na Universidade Católica de Pernambuco. Presidiu a Academia Brasileira de Letras entre 2006 e 2007.
O corpo de Marcos Vilaça será cremado na capital pernambucana. Atendendo a um desejo familiar, suas cinzas serão lançadas na Praia de Boa Viagem, ao lado das de sua esposa.