Ngozi Okonjo-Iweala, diretora-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), foi confirmada para um segundo mandato durante uma reunião especial realizada nesta sexta-feira. Sua continuidade no cargo coincide com o início do mandato de Donald Trump como presidente eleito dos Estados Unidos, o que traz novos desafios para a instituição.
Analistas da OMC apontam que a organização enfrentará um período turbulento, com a possibilidade de intensificação das disputas comerciais. Trump já sinalizou a intenção de aplicar tarifas mais severas a produtos oriundos de países como México, Canadá e China, reacendendo as tensões globais no comércio internacional.
Okonjo-Iweala, que em 2021 tornou-se a primeira mulher e a primeira africana a liderar a OMC, buscou a reeleição com o objetivo de finalizar importantes agendas em aberto. Sua candidatura recebeu apoio unânime entre os membros, sem a concorrência de outros candidatos.
A reunião foi organizada para acelerar o processo de sua nomeação, minimizando os riscos de obstruções por parte do novo governo dos EUA. Durante o mandato anterior de Trump, a administração americana tentou impedir a eleição de Okonjo-Iweala, apoiando outra candidatura. No entanto, ela obteve respaldo dos Estados Unidos apenas após a posse de Joe Biden.
O segundo mandato de Okonjo-Iweala será marcado pela busca de soluções em um cenário comercial global cada vez mais complexo, com o objetivo de fortalecer o papel da OMC em meio às crescentes tensões econômicas entre as maiores potências mundiais.