Pouco antes de encerrar seu mandato, o agora ex-presidente Joe Biden concedeu perdões presidenciais a cinco membros de sua família, incluindo dois irmãos. A medida ocorreu nesta segunda-feira (20), enquanto o país se preparava para a posse de Donald Trump como o novo presidente dos Estados Unidos.

Os indultados foram James B. Biden, Valerie Biden Owens, John T. Owens, Francis W. Biden e Sara Jones Biden. Em dezembro de 2024, Biden já havia perdoado seu filho, Hunter Biden, em uma decisão que gerou amplo debate político.

Em comunicado oficial, Biden justificou os perdões citando as “ameaças e ataques incessantes” direcionados à sua família, que ele atribuiu a motivações políticas. O ex-presidente afirmou que essas ações visavam prejudicar sua imagem e que a decisão de perdoar os familiares não indicava a existência de crimes ou qualquer reconhecimento de culpa.

Além dos perdões familiares, Biden também concedeu clemência a Gerald G. Lundergan e Ernest William Cromartie. Leonard Peltier, ativista indígena preso desde 1977, teve sua sentença de prisão perpétua convertida para prisão domiciliar.

Em sua declaração, Biden destacou sua crença no Estado de Direito, mas criticou as “investigações motivadas politicamente” que, segundo ele, afetam a vida pessoal e financeira dos investigados de forma desproporcional.

A decisão final de Biden como presidente reforça o tom de sua defesa em relação aos ataques direcionados a sua família, ao mesmo tempo que alimenta discussões sobre o uso do perdão presidencial em contextos politicamente delicados.