Seis partidos de oposição na Coreia do Sul apresentaram nesta quarta-feira um projeto de lei solicitando o impeachment do presidente Yoon Suk Yeol. A iniciativa, liderada pelo Partido Democrata, foi protocolada na Assembleia Nacional às 14h40 no horário local, segundo informações da agência Yonhap.
O movimento ocorre após a decisão polêmica de Yoon de implementar um decreto de Lei Marcial por um breve período, o que gerou críticas severas tanto de aliados quanto de adversários políticos. A medida foi amplamente condenada, alimentando protestos e fortalecendo a oposição no parlamento.
De acordo com fontes locais, a proposta será discutida em sessão plenária nesta quinta-feira (5), com votação prevista para sexta-feira (6) ou sábado (7). Para que o processo avance, a Constituição sul-coreana exige que o impeachment seja aprovado por dois terços dos parlamentares, o que torna a mobilização da oposição crucial neste momento.
Se o impeachment for aprovado na Assembleia Nacional, o caso será submetido ao Tribunal Constitucional, que decidirá o destino do presidente. Pelo menos seis dos nove juízes do tribunal precisam votar a favor para que a destituição seja efetivada. Enquanto o julgamento estiver em andamento, Yoon ficará impedido de exercer suas funções presidenciais.
A crise política envolvendo Yoon Suk Yeol marca um dos momentos mais turbulentos de seu mandato, colocando o governo no centro de um embate com a oposição e com a opinião pública. Este episódio poderá determinar não apenas o futuro do presidente, mas também os rumos do cenário político da Coreia do Sul.