O ex-prefeito de Taubaté, Ortiz Junior, tomou posse nesta segunda-feira (6) como deputado estadual na Assembleia Legislativa de São Paulo. O mandato, que segue até março de 2027, foi assumido após a renúncia de Vinícius Camarinha, que deixou o cargo para assumir a prefeitura de Marília.
Ortiz anunciou que irá compor a base de apoio ao governador Tarcísio de Freitas e destacou que sua atuação parlamentar será voltada a áreas como infraestrutura, meio ambiente, logística, turismo e saúde, com especial atenção à região do Vale do Paraíba.
Em seu discurso de posse, Ortiz garantiu que dará prioridade às demandas do Hospital Municipal Universitário de Taubaté (HMUT), reforçando seu papel como referência em saúde para o Vale Histórico e o Vale da Fé. Ele destacou que as emendas parlamentares destinadas à saúde serão voltadas para fortalecer os serviços de clínica médica e cirúrgica, além de ampliar os mutirões promovidos pela prefeitura. Sem mencionar diretamente o atual prefeito de Taubaté, Sérgio Victor (Novo), Ortiz afirmou que seu compromisso é atender as necessidades da população da região.
Ortiz chegou ao cargo como suplente da federação PSDB-Cidadania, na qual conquistou 66.914 votos nas eleições de 2022. Contudo, sua trajetória política recente foi marcada por polêmicas relacionadas à troca de partidos. Após disputar cinco eleições pelo PSDB, Ortiz migrou para o Republicanos em 2024, concorrendo à prefeitura de Taubaté, mas sendo derrotado no segundo turno.
Com a renúncia de Camarinha, Ortiz tentou retornar ao PSDB para assumir a vaga de suplente, mas a filiação foi contestada por Damaris Moura Kuo, segunda suplente da federação. A direção nacional do PSDB invalidou a refiliação, alegando descumprimento do estatuto do partido, e prepara uma ação judicial para solicitar a cassação do mandato de Ortiz por infidelidade partidária.
Enquanto o impasse jurídico persiste, Ortiz afirma estar focado em seu trabalho como deputado, buscando atender às necessidades do Vale do Paraíba e fortalecer os serviços públicos na região. A disputa pela vaga, no entanto, ainda pode se desenrolar nos tribunais, colocando em questão a estabilidade de seu mandato.
