Foto: Divulgação

Ortiz Junior se filia ao Cidadania em meio a disputa com o PSDB

O deputado estadual Ortiz Junior, ex-prefeito de Taubaté, oficializou sua entrada no Cidadania após se tornar alvo de uma ação judicial movida pelo PSDB por infidelidade partidária.

A filiação ocorreu na semana passada durante um encontro com os deputados Ana Carolina Serra (estadual) e Alex Manente (federal), ambos do Cidadania. Embora o novo partido forme uma federação com o PSDB desde 2022, já foi anunciado que a aliança não será mantida para as eleições de 2026.

Ortiz ainda não comentou publicamente sobre sua decisão até o momento da publicação.

Ele assumiu o cargo de deputado estadual em janeiro deste ano, ocupando a vaga deixada por Vinícius Camarinha (PSDB), que se tornou prefeito de Marília. Seu mandato interino se estende até março de 2027.

Desde 13 de janeiro, o PSDB e a suplente Damaris Moura Kuo, também do PSDB, movem uma ação no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) alegando quebra de fidelidade partidária por parte de Ortiz. O processo ainda aguarda julgamento.

Ortiz foi o primeiro suplente da federação PSDB-Cidadania nas eleições de 2022, enquanto Damaris ficou na segunda posição.

Em março de 2024, Ortiz havia deixado o PSDB e migrado para o Republicanos, partido pelo qual disputou a prefeitura de Taubaté, sendo derrotado no segundo turno, em outubro. Pouco depois, em novembro, retornou ao PSDB por meio do diretório municipal, mas sua nova filiação foi questionada por Damaris e invalidada pela executiva nacional do partido. A Justiça Eleitoral confirmou em janeiro que ele não era mais filiado à legenda.

Na ação movida contra ele, o PSDB argumenta que a tentativa de retorno de Ortiz desrespeitou o estatuto do partido, sendo conduzida por aliados e até familiares do deputado. Segundo a legenda, ele utilizou o partido como instrumento pessoal, ignorando compromissos coletivos e revelando uma conduta voltada exclusivamente a interesses próprios.

A sigla e a suplente defendem que, por não haver justificativa legítima para a troca de partido, o mandato deve retornar ao PSDB.

Ao ser questionado no início do ano, Ortiz afirmou que sua posse na Alesp foi legal e sustentou que qualquer movimentação anterior não fere a legislação eleitoral, reafirmando seu compromisso com a ética e os princípios legais.

 

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