O Papa Francisco anunciou nesta quarta-feira (20) mudanças significativas nos protocolos para funerais papais, promovendo maior simplicidade nos ritos. Uma das alterações elimina a tradição de enterrar os pontífices em três caixões interligados, feitos de cipreste, chumbo e carvalho. Em vez disso, Francisco pediu para ser sepultado em um único caixão de madeira, revestido internamente com zinco.
A exposição do corpo também passará por mudanças. O uso do catafalco, plataforma elevada onde os papas eram tradicionalmente apresentados ao público, será dispensado. O caixão ficará aberto para que os fiéis possam prestar suas homenagens, mantendo um tom de humildade e proximidade.
“O funeral do pontífice romano deve refletir o papel de um pastor e discípulo de Cristo, e não de um homem poderoso”, explicou o monsenhor Diego Ravelli, responsável pelas cerimônias litúrgicas.
Francisco, que completará 88 anos em dezembro, tem enfrentado problemas de saúde nos últimos anos, incluindo a necessidade de cadeira de rodas devido a dores crônicas. Apesar disso, manteve uma agenda ativa, liderando cúpulas e realizando viagens internacionais.
O pontífice já havia manifestado anteriormente seu desejo por um funeral simples. Em 2023, afirmou que não deseja ser enterrado na Basílica de São Pedro, mas na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma, local que frequenta para orações antes e depois de suas viagens.
Desde o início de seu papado, Francisco tem buscado se afastar de tradições luxuosas, promovendo maior austeridade e uma conexão mais próxima com os fiéis. A decisão reflete essa postura e reforça a ideia de um pontificado marcado pela simplicidade.