Foto: Divulgação

Paulo Henriques Britto é eleito para a Academia Brasileira de Letras

O poeta, ensaísta, contista, tradutor e professor Paulo Henriques Britto foi eleito nesta quinta-feira (22) para ocupar a cadeira número 30 da Academia Brasileira de Letras, anteriormente pertencente à professora e crítica literária Heloisa Teixeira, falecida em março. A eleição contou com a participação de diversos candidatos, e Britto foi escolhido com 22 votos.

Natural do Rio de Janeiro, nascido em 1951, Britto tem uma trajetória sólida e reconhecida nas letras brasileiras. Com mais de uma dezena de obras publicadas, sua produção reúne poesia, ensaios e literatura infantojuvenil. Seus versos já ultrapassaram fronteiras, com traduções para o inglês, sueco, espanhol e edições em Portugal. É considerado uma das vozes mais consistentes da poesia contemporânea no país.

Além de sua própria obra, Britto é amplamente respeitado por sua atuação como tradutor. Assinou versões brasileiras de grandes nomes da literatura em língua inglesa, como Dickens, Woolf, Baldwin e Pynchon. Também traduziu importantes poetas, como Byron e Elizabeth Bishop. Estima-se que tenha traduzido mais de 120 títulos.

Professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), integra o Departamento de Letras, onde pesquisa poesia brasileira contemporânea e tradução poética — áreas em que também é referência acadêmica.

Entre os principais prêmios recebidos ao longo da carreira estão o Jabuti, Bravo! Prime, APCA, Portugal Telecom e o Prêmio Alphonsus de Guimaraens, este último em duas ocasiões.

A eleição de Britto foi celebrada por diversos membros da Academia. Para o presidente da instituição, Merval Pereira, sua chegada reforça a pluralidade da Casa e aprofunda a presença da poesia e da crítica literária no conjunto dos imortais: “Ele é um dos mais importantes tradutores do inglês no Brasil, além de poeta e crítico. Representa múltiplas áreas da cultura nacional e contribuirá imensamente com a Academia.”

A historiadora Lilia Schwarcz também destacou a sensibilidade poética e a precisão nas traduções do novo acadêmico. Já o escritor Antonio Torres ressaltou seu convívio generoso e afirmou que Britto “chega ao lugar que lhe pertence: a Academia Brasileira de Letras”.

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