O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) voltou a causar polêmica após utilizar uma transmissão ao vivo, realizada neste domingo (20), para fazer afirmações consideradas ameaçadoras contra integrantes da Polícia Federal. Durante a live, ele citou o delegado Fábio Alvarez Shor, responsável por investigações envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro, seu pai.

Em tom considerado intimidador, Eduardo sugeriu que tomaria medidas caso descobrisse quem o estava vigiando, mencionando diretamente o nome do delegado e sugerindo que este já teria conhecimento prévio sobre sua família.

As declarações foram feitas logo após o deputado afirmar que pretende se empenhar pessoalmente para afastar o ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal, aprofundando a retórica de confronto com o Judiciário.

A resposta da Polícia Federal foi imediata. O diretor-geral da corporação, Andrei Rodrigues, repudiou as falas de Eduardo, classificando-as como uma tentativa “covarde” de intimidar servidores da PF. Rodrigues destacou que a corporação adotará todas as medidas legais cabíveis, reafirmando que nenhuma tentativa de coerção será tolerada.

A Polícia Federal também alertou que ameaças contra agentes públicos no exercício de suas funções são consideradas graves e podem levar à abertura de novos inquéritos criminais.

Eduardo Bolsonaro, que é servidor licenciado da própria PF, já havia sido alvo de um processo disciplinar no início do ano por declarações anteriores envolvendo o mesmo delegado.