O prefeito de Cachoeira Paulista, Antônio Carlos ‘Mineiro’, do partido Avante, teve seu mandato cassado pela Câmara Municipal na manhã de terça-feira, 23. A decisão, que marcou o segundo processo de cassação enfrentado pelo político em menos de um ano, foi resultado de uma sessão extraordinária que se estendeu por mais de 12 horas, iniciada na noite de segunda-feira.

A nova controvérsia que envolve Mineiro diz respeito ao desaparecimento de R$ 60 mil reais, supostamente guardados em uma gaveta de seu gabinete entre janeiro e fevereiro de 2022. A quantia, destinada para pagamentos não especificados, foi notada como ausente no início de fevereiro, levando a uma investigação interna e subsequente denúncia por parte dos vereadores.

Dos vereadores presentes na votação, nove votaram a favor da cassação, enquanto três optaram por se abster, refletindo um claro descontentamento com a gestão do prefeito. Com a cassação, o vice-prefeito, Ailton Vieira, do PSD, está previsto para assumir o cargo. A Câmara Municipal deverá agora formalizar a decisão junto à Justiça Eleitoral.

Esta não é a primeira vez que Mineiro enfrenta problemas legais sérios. Em junho de 2023, ele já havia sido cassado por negligência em resposta ao colapso de uma ponte na cidade, embora tenha reconquistado seu posto rapidamente através de uma liminar judicial que anulou a decisão de cassação.

A situação em Cachoeira Paulista destaca desafios contínuos na administração pública local, onde a transparência e a confiança pública parecem estar em crise constante. Com a ascensão de Vieira ao principal cargo da cidade, a comunidade espera agora uma era de maior responsabilidade e reforma nas práticas políticas locais.