presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei que institui o ano de 2024 como o Ano Nacional Fernando Sabino, autor da terceira fase do modernismo brasileiro (ou pós-modernismo). Seus livros mais conhecidos são “O encontro marcado” e “O grande mentecapto”. O texto foi publicado no Diário Oficial da União desta segunda-feira, 8 de janeiro, na Lei nº 14.794.
O escritor mineiro nasceu em outubro de 1923 e faleceu em outubro de 2004. Este ano, a morte do cronista e romancista completa 20 anos. Segundo o texto, a critério da autoridade competente, poderá ser emitido selo comemorativo referente ao centenário de nascimento do escritor Fernando Sabino. O texto original previa o ano de 2023 para a comemoração, mas o documento só chegou ao Senado no fim de 2023.
Relator do projeto no Senado e presidente da Casa, Rodrigo Pacheco afirmou que o escritor era um mestre da prosa, escrevendo com uma “simplicidade eloquente” para revelar a complexidade das relações humanas.
“Fernando Sabino merece ser celebrado por sua inestimável contribuição às letras e ao serviço público. Ele não foi apenas um escritor de renome, mas um cidadão exemplar. Seu legado permanece vivo, sendo um verdadeiro tesouro nacional”, registrou Pacheco.
CARREIRA – Fernando Sabino, quando jovem, foi detentor de vários recordes como nadador, tendo se tornado campeão sul-americano de nado de costas em 1939. Estudou direito e trabalhou como jornalista e editor. Seu primeiro livro, Os grilos não cantam mais, foi publicado em 1941, no Rio de Janeiro (RJ), quando ele tinha apenas dezoito anos. Em sua carreira, publicou cerca de 50 obras.
Em 1991, publicou Zélia, uma paixão, uma biografia da ministra da Economia do governo Fernando Collor. Ele recebeu duas vezes o prêmio Jabuti: em 1980, com O grande mentecapto, e em 2002, com Livro Aberto. Também foi agraciado com o prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras (ABL), pelo conjunto da obra, em 1999.