Foto: Divulgação

STF concede prisão domiciliar a Eduardo Siqueira Campos após infarto no quartel da PM

O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu nesta terça-feira (8) prisão domiciliar ao prefeito afastado de Palmas, Eduardo Siqueira Campos (Podemos). A decisão foi motivada pelo agravamento do estado de saúde do político, que sofreu um infarto durante a madrugada enquanto estava preso no Quartel do Comando Geral da Polícia Militar do Tocantins.

Eduardo está detido desde 27 de junho, no âmbito da operação Sisamnes, que apura o vazamento de informações sigilosas do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Na madrugada, ele sentiu fortes dores no peito e foi levado de ambulância ao Hospital Geral de Palmas (HGP), onde foi diagnosticado com infarto agudo do miocárdio. Após exames, passou por um cateterismo com colocação de stent para desobstrução de artéria coronária.

A Procuradoria-Geral da República foi favorável à concessão da prisão domiciliar, que impõe restrições como o afastamento da função pública, proibição de contato com os demais investigados e de deixar o país.

O advogado Juvenal Klayber, responsável pela defesa de Eduardo, afirmou que o próximo passo será buscar a revogação da prisão preventiva. Segundo ele, a equipe jurídica já atua nesse sentido.

A decisão de Zanin não se estende aos outros dois presos na operação: o advogado Antônio Ianowich Filho e o policial civil Marco Augusto Velasco Nascimento Albernaz. As defesas dos dois preferiram não comentar.

Quadro clínico

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, o prefeito afastado apresentou um quadro de angina instável de alto risco, com dor torácica intensa, sudorese, náuseas e mal-estar. O procedimento de angioplastia transcorreu sem complicações.

Prisão e investigação

A prisão de Eduardo Siqueira Campos ocorreu durante nova fase da operação Sisamnes, conduzida pela Polícia Federal, com autorização do STF. A investigação aponta indícios de que informações confidenciais de processos no STJ teriam sido repassadas ilegalmente.

A Polícia Militar confirmou que já foi notificada da decisão do STF e que adotou as providências legais para o cumprimento da medida.

 

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