A Operação Contragolpe, deflagrada nesta terça-feira (19) pela Polícia Federal, trouxe à tona detalhes sobre um plano para capturar e assassinar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Segundo as investigações, militares chegaram a se posicionar nas proximidades da residência do magistrado, mas a ação foi abortada nos momentos finais, com o uso do código “cancelar jogo”.
O grupo teria utilizado técnicas avançadas de treinamento militar para coordenar a operação, que fazia parte de um esquema maior, conhecido como “Punhal Verde e Amarelo”. A iniciativa incluía o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e a tentativa de restringir a atuação de outros representantes dos Poderes Executivo e Judiciário.
Os dados revelados pela investigação mostram que a ação contra Moraes chegou ao estágio de execução, mas foi suspensa por motivos ainda desconhecidos. A PF identificou o uso de recursos de monitoramento clandestino e estratégias de execução coordenadas, características de operações militares.
A operação da PF segue em andamento, com a execução de mandados de prisão e busca contra os suspeitos de envolvimento no plano golpista. A investigação busca esclarecer as razões que levaram ao cancelamento da ação e identificar todos os responsáveis pela tentativa de atentar contra o Estado Democrático de Direito.