Foto: Reprodução

Tentativa de prisão de presidente destituído da Coreia do Sul é adiada após confronto com segurança

Uma operação para prender o presidente afastado da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, foi suspensa nesta sexta-feira (3) após confrontos entre agentes da lei e a equipe de segurança presidencial. Yoon, que enfrenta acusações de insurreição após decretar lei marcial em dezembro, permanece na residência oficial, protegido por cerca de 200 agentes de segurança e soldados, além de uma multidão de apoiadores.

A tentativa de cumprir o mandado de prisão, válido até segunda-feira (6), enfrentou resistência intensa. Manifestantes pró-Yoon formaram uma barreira humana, dificultando o acesso das autoridades. Após ultrapassarem os manifestantes, as forças anticorrupção enfrentaram resistência dos agentes de segurança presidencial, que bloquearam a operação. O confronto, que durou mais de cinco horas, não resultou em violência armada, mas levou o Escritório de Investigação de Corrupção (CIO) a suspender a operação por questões de segurança.

A investigação contra Yoon está ligada à decretação de lei marcial, que restringiu direitos civis sob justificativa de conter ameaças comunistas. O episódio levou à aprovação de seu impeachment pelo parlamento sul-coreano em dezembro. O Tribunal Constitucional da Coreia do Sul irá decidir, em um julgamento marcado para 14 de janeiro, se o impeachment será definitivo.

Enquanto isso, a equipe jurídica de Yoon questiona a legalidade do mandado de prisão, argumentando que o CIO não tem autoridade para investigar insurreição e que o decreto de lei marcial não restringiu direitos básicos. O CIO, por sua vez, pretende retomar a tentativa de prisão durante o fim de semana.

A crise política intensificou protestos na capital, Seul. Manifestações de apoiadores e opositores de Yoon tomaram as ruas ao redor da residência presidencial, refletindo a polarização do país.

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