O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, reconheceu hoje a gravidade da “situação trágica” vivida em Valência devido às cheias, admitindo que a resposta das autoridades foi insuficiente. As inundações, que são possivelmente as mais graves do século na Europa, deixaram 211 mortos e provocaram um cenário de destruição.
Em declaração a partir de Madrid, Sánchez destacou que a região leste da Espanha foi duramente atingida pelo temporal. Ele ressaltou os desafios enfrentados, como municípios submersos em lama e famílias desesperadas buscando por seus entes desaparecidos. Reconhecendo as falhas na resposta inicial, o primeiro-ministro anunciou o envio de mais 10 mil elementos das Forças Armadas e das forças de segurança para apoiar o resgate e a reconstrução.
O primeiro-ministro pediu a união das administrações e garantiu o apoio total do governo central ao governo regional da Comunidade Valenciana, coordenador da resposta no terreno. Além dos esforços imediatos para salvar vidas e restabelecer os serviços essenciais, Sánchez afirmou que será declarada uma “zona catastrófica” em Valência, o que permitirá acessar ajudas financeiras nacionais e europeias para a recuperação da região.