O ex-congressista republicano George Santos, filho de imigrantes brasileiros, deixou a prisão nos Estados Unidos após receber um perdão presidencial de Donald Trump. Ele cumpria pena por crimes de fraude, apropriação indevida de recursos de campanha e roubo de identidade.

Santos foi libertado da Instituição Correcional Federal de Fairton, em Nova Jersey, pouco depois da meia-noite no horário de Brasília, segundo confirmou seu advogado ao New York Times.

O ex-parlamentar havia sido condenado em abril a sete anos e dois meses de prisão, acusado de usar dinheiro de campanha para fins pessoais — entre eles, despesas estéticas e assinaturas em plataformas digitais.

Em uma publicação na rede Truth Social, Trump afirmou que Santos “não era santo”, mas que “muitos outros casos semelhantes não levaram à prisão”. O ex-presidente declarou ter assinado uma “comutação imediata”, medida que reduz a pena, mas não anula a condenação.

“Acabo de assinar uma comutação, libertando George Santos da prisão imediatamente. Boa sorte, George, e tenha uma ótima vida!”, escreveu Trump.

O gesto integra uma série de concessões de clemência política concedidas pelo ex-presidente a aliados e apoiadores. Na mensagem, ele comparou o caso de Santos ao do senador democrata Richard Blumenthal, a quem acusou de mentir sobre seu passado militar, dizendo que o comportamento do democrata era “muito pior”.

George Santos se tornou o primeiro congressista norte-americano em mais de duas décadas a ser expulso da Câmara dos Representantes. Nascido em Nova York, filho de pais brasileiros, ele ganhou notoriedade por inventar trechos de sua biografia; como formação acadêmica e trajetória profissional.