Trump leva discurso político a funeral de Charlie Kirk

O funeral de Charlie Kirk, realizado neste domingo no estádio State Farm, em Phoenix, reuniu milhares de pessoas e transformou-se em um dos maiores atos públicos desde o assassinato do ativista conservador, ocorrido no início do mês. Entre as falas emocionadas de familiares, amigos e aliados, o discurso do presidente Donald Trump destoou pelo tom político e pela tentativa de transformar a cerimônia em vitrine de sua agenda.

Trump classificou a morte de Kirk como um “crime hediondo” cometido por um radical e afirmou que o jovem de 31 anos se tornou um mártir do conservadorismo. “O nome de Charlie viverá para sempre entre os grandes patriotas americanos”, declarou, dirigindo também palavras de consolo aos pais do ativista. Disse que “nenhuma palavra será capaz de preencher o vazio”, mas que a comoção popular ao longo dos últimos dias revelava a dimensão do impacto que ele teve em vida.

A homenagem, porém, rapidamente deu espaço a mensagens de caráter político. Trump recordou que Kirk havia lhe pedido que “salvasse Chicago” da criminalidade e prometeu agir nessa direção. Criticou adversários ao dizer que “odeia” seu oponente, acusou redes de esquerda de financiar violência política e exaltou medidas de sua gestão, em especial o aumento das tarifas de importação, que, segundo ele, teriam “deixado os Estados Unidos mais ricos do que jamais se imaginou”. O presidente ainda antecipou que anunciará nesta segunda-feira uma medida voltada ao autismo, relacionando a condição ao uso de Tylenol na gravidez, uma hipótese rejeitada pela comunidade médica. Em outro momento, aproveitou para atacar o apresentador Jimmy Kimmel, chamando-o de “sem talento” e celebrando sua saída da televisão.

O vice-presidente J.D. Vance também discursou, descrevendo a cerimônia como um “avivamento” e não um funeral. Segundo ele, Kirk foi silenciado, mas seu legado se fortaleceu. “Ele transformou o rosto do conservadorismo e mudou a história americana para as próximas gerações”, afirmou.

Charlie Kirk foi morto em 10 de setembro durante um evento na Utah Valley University, quando foi atingido por um disparo no pescoço. O suspeito, Tyler Robinson, de 22 anos, foi preso e aguarda julgamento, podendo ser condenado à pena de morte.

 

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