O vice-prefeito de Campos do Jordão, Carlos Eduardo Pereira, o Caê (Republicanos) também candidato à prefeitura nas eleições municipais, é alvo de uma investigação conduzida pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) por suposto envolvimento em um esquema de desvio de verbas públicas. A denúncia foi apresentada pelo vereador Jhonny Salvino, apontando que Pereira teria utilizado sua funcionária Karina Mercado Roque como “laranja” para desviar mais de R$ 562 mil em contratos firmados com o Instituto Rita Lobato, responsável pela gestão da saúde no município.
Segundo o documento protocolado pelo vereador, a empresa KM Consultoria e Assessoria, registrada em nome de Karina Mercado Roque, que trabalha com Caê em sua clínica de fisioterapia, teria emitido diversas notas fiscais ao Instituto, justificando os valores recebidos. A suspeita é de que a empresa, que mudou de endereço em janeiro de 2023, funcione apenas como fachada para a obtenção indevida de verbas. O Ministério Público, após examinar as evidências, decidiu instaurar um processo formal, solicitando esclarecimentos dos envolvidos.
A resposta da coligação
Em meio ao andamento das investigações, a coligação “Campos Merece Mais, É a Nossa Vez!”, que apoia a candidatura de Caê, emitiu uma nota de esclarecimento à população. No comunicado, a coligação afirma que “Caê não foi denunciado e nem está sendo investigado pelo Ministério Público”, destacando que, até a presente data, o candidato não havia sido notificado oficialmente sobre a existência de qualquer denúncia. Além disso, a coligação afirmou que “não foi notificado formalmente e quando for tomará as medidas necessárias, e que nada abala a coerência e os atos praticados pelo vice-prefeito”.
A nota também classifica a denúncia como uma repetição de antigas acusações, descritas como “frágeis e inconsistentes”, e acusa a oposição de usar o momento eleitoral para atacar a candidatura de Carlos Eduardo.
A investigação em andamento
O promotor de Justiça responsável pelo caso, Rodrigo Machado Fonseca, expediu notificações formais para que Caê, Karina Mercado Roque e a empresa KM Assessoria apresentem suas defesas no prazo de 15 dias. A Prefeitura de Campos do Jordão também foi oficiada para fornecer informações detalhadas sobre os contratos firmados com a KM. “Instrua-se a notificação com cópia integral da denúncia”, determinou o promotor, enfatizando a necessidade de respostas rápidas.
Se as suspeitas forem confirmadas, os envolvidos poderão enfrentar acusações formais de improbidade administrativa e tráfico de influência, colocando a candidatura de Carlos Eduardo em risco. O andamento das investigações será crucial para esclarecer o destino dos recursos públicos e o papel dos envolvidos no suposto esquema.
Reportagem:
Agência Conversa de Bastidores